Inclusão ou imposiçÃo?

Fala galera!

Uma das perguntas mais frequentes em grupos de discussão de deficientes visuais que cursam alguma graduação em Analise d Sistemas, Ciencia da Computação, Engenharia de Software e correlatos é:

“Estou cursando a matéria de Analise Orientada a Objetos ou UML ou Banco de Dados. O professor está usando a ferramenta XPTO. Existe alguma forma de nós cegos desenvolvermos estes mesmos diagramas?”

Ou então:

“Estou cursando a matéria de interfaces gráficas e o professor está usando Visual Studio e Wndows Forms ou Java e Swing. Como fazer para posicionar os components de forma a criar uma tela visualmente agradável?”

O triste é saber que por ignorancia dos professores, e em alguns casos descaso mesmo, muitos acabam sendo reprovados e consequentemente desistindo do curso já que a resposta para ambas é uma analogia:

“Matérias gráficas para deficientes visuais é como aulas d orientação e mobilidade para pessoas que enxergam. Ambos tem total capacidade cognitiva para absorver o conhecimento, mas o mesmo não tem nenhum uso prático”

Se pegarmos o livro UML Distilled do Martin Fowler ele deixa bem claro que:

“Uma notação tem por finalidade facilitar a comunicação entre membros de uma equipe e só faz sentido se todos os participantes a entendem.”

Logo nesta formula temos um elemento que não tem o mesmo grau de entendimento dos diagramas, apesar de ter total capacidade de criar modelos tão ricos quanto, utilizando-se de outras técnicas.

Neste sentido o uso de DSL (Domain Specific Languages) e a engenharia reversa de código-fonte acabam sendo meios de comunicação mais efetivos.

Documentos como o Documento de Visão, Especificações de Caso de Uso e as mais utilizadas atualmente Histórias de Usuários (User Story) nos fornece todas as informações necessárias para que entendamos o funcionamento do sistema, e consigamos discutir de igual com os outros membros contribuindo muito na fase de design.
Acredito que o caminho mais lógico a se seguir por parte dos professores é aumentar a capacidade comunicativa e exercitar em seus alunos um maior nível de abstraçÃo fazendo com que ele chegue aos mesmos resultados que seus colegas de sala.

O trabalho em grupo, inclusive, acaba sendo benefico par ambos pois promove a convivencia, o entendimento de diferenças e uma maior adaptação de ambos a realidade do outro.

Não é objetivo deste post chegar a ma conclusão, mas sim o ponto de partida para uma discussão que nos levará caminhos mais adequados..

Então não deixe de comentar com suas experiencias, impressõe e sugestões. Vamos tornar esse blog um espaço rico de compartilhamento de conhecimento sobre temas relacionados a acessibilidade, educação e inclusão.

Até a próxima!

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